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O amor começa em nós

O mês dedicado ao amor está aqui e há quem já esteja a celebrá-lo (das mais diversas formas ;)) e em busca da prenda perfeita para @ seu/sua valentin@! E que bem que sabe receber um mimo de quem se ama!
Mas o amor não se vive somente a dois, ele começa em cada um de nós. E é de amor que queremos falar neste blog. Para tal, pedimos a vários amigos da GREENSENSE que nos contassem o que é, aos seus olhos, o amor por si e revelassem um pouco do seu caminho.

“Olhar pela janela e ver cair lá fora a chuva que me molha os olhos…
Perguntar vezes sem conta ao relógio por que é que a mensagem não chegou, por que é que o telefone não toca…
Ver um raio de sol entrar pela fresta e perceber, de repente, que o dia amanheceu trazendo a boa nova!…
Consulto o meu reflexo no espelho para obter confirmação, ajeito o vestido e saio ansiosa pela promessa de um amor verdadeiro…
Entro no restaurante e o empregado pergunta se a mesa é para um… Num ímpeto de alegria, digo que sim e sei que estou na melhor companhia do Mundo!… Que, quem vier, não vai suprir, nem preencher, vai somar e acrescentar!…
E, numa manhã de clarividência, saber sem lugar para dúvidas que ser feliz é amar-me a mim mesma, completa!…”

Inês, 31 anos

“Em nós, existe uma matéria, uma força, algo em potência, mas que apenas se transforma em Amor, quando se projeta no outro ou em algo. Como uma paleta em que no escuro não se distingue qualquer cor, porventura nem existe. A beleza do seu colorido, o seu encanto, a sua própria existência só se revela com a intervenção da luz. Da mesma forma, o Amor só ganha vida e sentido pela exposição à luz do outro.
Por si, ou de si próprio, cada um sente orgulho, medo, pena, vaidade… Amor, como o entendo, não creio ser possível! O Amor centra-se no outro. O Amor é o outro e somos nós, refletindo a luz do outro, como um planeta cujo brilho é o reflexo do Sol. É um processo, é uma troca, é uma partilha. O Amor pelo outro é a própria definição de Amor.”

Samuel, 46 anos

“Se quando estás sozinho nunca te sentes só, então és uma ótima companhia para os outros porque gostas de ti mesmo para conviver”.

Eugénia, 66 anos

Numa sociedade em que quase tudo é rápido, temporário e exige auto-sacrifício, o amor próprio surge como uma alternativa radical, que não se baseia na procura incessante de todas as melhores versões de nós próprios que moram no passado ou no futuro. Muito de bom vem de grandes decisões que falam de como nos amamos: decidirmos tornar-nos o que sabemos ser, enfrentarmos as nossas dificuldades, fazermos respeitar os nossos limites. O amor próprio envolve muito esforço, mas não é sobre o esforço: é sobre sermos tolerantes connosco mesmas, olharmo-nos com honestidade e aceitarmos amorosamente aquilo que vemos (com defeitos e tudo), aceitar o que de bom a vida nos proporciona sem temer o custo escondido ao cortar de cada esquina, e é sobretudo sobre caminharmos ao ritmo do nosso próprio tambor e sabermos parar quando é necessário parar.”

Mariana, 26 anos

O caminho para o amor por mim foi e é difícil e demora. Depois da adolescência em que precisava de validação dos outros, vem uma vida cheia de tudo, autoestradas e estradas de terra bem acidentadas mas que fizeram de mim a mulher que sou hoje. E AINDA BEM! QUE BOM É CHEGAR AQUI!
Com a segurança de gostar de mim, de me amar com tudo o que isso implica, de estar segura de mim e conseguir dizer F*#$ it!
Amo-me como sou. Reconheço qualidades e abraço defeitos. Se amo alguém mais do que a mim mesma? Um apenas ocupa esse lugar para sempre, o que faz parte de mim, é parte de mim e saiu de mim. O amor mais verdadeiro mas também ele precisa que me ame por inteiro para poder ser inteira nele e para ele. Inteira para mim e por mim, como eu mereço. É um trabalho de todos os dias, pesado até às vezes, mas vale tanto a pena!”

Joana, 40 anos

O amor próprio é um caminho mais ou menos longo, mais ou menos duro, mais ou menos tortuoso, dependendo de cada um de nós. A estrada que aquela menina que não se respeitava (não respeitava o seu corpo, os gostos, os seus sonhos, a sua mente, os seus sentimentos e as suas emoções) percorreu está cheia de altos e baixos e algumas armadilhas, colocadas apenas para fazer escorregar e testar a vontade com que se avança. A sua jornada está marcada por uma luta constante em agradar, um apagar e inventar alguém mais fácil de se gostar, de ser aceite.
Ao refletir sobre este caminho, facilmente reconheço o momento em que eu me sobreponho a todos os outros no meu coração! Aquele momento em que decido o que não quero para mim e me predisponho a descobrir o que quero (porque temos de começar por algum lado e não é preciso ter todas as respostas a toda a hora).
Aprender a amar-me tornou-se uma incrível lição para melhor amar os outros! Ser mais generosa, empática, compreensiva; respeitar os meus tempos, os meus sentimentos, as minhas emoções e os meus pensamentos; proteger a minha mente, o meu corpo; assim como aceitar as minhas qualidades e sobretudo os meus defeitos fez de mim melhor ser humano, melhor amiga, melhor filha, melhor mãe e melhor mulher!”

Sandrina, 37 anos

Tu serás sempre o mais sério, difícil, corajoso e duradouro amor da tua história! Aprecia-te!

Já dizia Pessoa, por Ricardo Reis:

Para ser grande, sê inteiro: nada

Teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és

No mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda

Brilha, porque alta vive.


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