Joana Nóbrega
– Sou natural do Algarve, estudei em Lisboa, Oxford e Budapeste, vivo em Londres e trabalho em Marketing Digital para uma cadeia de hotéis Americana. Formei-me em Comunicação Social e Cultural, em Marketing e encontro-me a completar uma formação em Nutrição Integrativa (Health Coaching). Há cerca de 2 anos, e no meio de tantas mudanças, nasceu o meu primeiro diálogo com o yoga.
No caminho, senti a vontade de partilhar a minha experiência com mais pessoas e foi aí que nasceu a minha página no Instagram (@joananobregayoga), em Abril de 2020. Nutro um carinho tão grande por este estilo de vida, que tenho todo o gosto em partilhar minha jornada enquanto estudante.
Por isso, deixo-te com 8 dicas para te iniciares no yoga, com base no que foi e é a minha experiência pessoal.

1. Aulas presenciais
As aulas presenciais proporcionam-te uma experiência completa, na medida em que o professor te pode acompanhar e ajustar as tuas posturas, como também há um maior cuidado de modo a evitar potenciais lesões; As aulas online têm sido um complemento excelente para mim, mas acho essencial teres acompanhamento presencial e existem tantos professores maravilhosos prontos para te iniciar e guiar nesta jornada. Tenho uma lista de professores de yoga espalhados pelo país, caso não tenhas nenhuma referência.

2. Sem rótulos
Noto que é muito comum imaginar-se apenas posturas estranhas e que se assume que yoga é simplesmente uma prática para manter um corpo saudável. Sim, trabalha-se a força e a flexibilidade. Mas o yoga é muito mais do que a prática de posturas físicas. Mergulha neste mundo livre de noções preconcebidas, rótulos ou suposições e permite-te, simplesmente, a descobrir novas perspetivas.

3. Yoga existe dentro e fora do tapete
De acordo com os Yoga Sutras de Patañjali, yoga é composto por 8 ramos. Estes ramos vão muito além das posturas físicas (apenas um deles fala do uso do corpo através da prática de posturas físicas). Os outros ramos abordam os nossos valores éticos; atitudes e autodisciplina; o uso de técnicas de respiração para a extensão da nossa força vital; a abstracção da mente e dos nossos próprios sentidos; o treino da mesma que envolve concentração, foco, estabilização, consciencialização, contemplação; etc. Foi-me ensinado e transmitido que o yoga existe dentro e fora do tapete e acaba por ser um estilo de vida, com um poder de transformação gigante. É para todos, independentemente da tua forma física, idade ou religião.

4. Respeita a tua individualidade
De que vale chegares com a cabeça aos joelhos, se não sentes e reconheces o que está envolvido nesse processo? De que vale seres super flexível, se não trabalhas os músculos que suportam o teu corpo sagrado. E igualmente importante, não caias na tentação de fazer comparações com o modo de estar de outras pessoas ou sentires frustração por não conseguires fazer determinadas posturas. Por isso, contempla a fase em que te encontras. Reconhece o caminho que tens pela frente. Trabalha em ti com gentileza. E por favor, respeita-te. É tão mais simples e bonito assim.

5. Não há fórmulas mágicas
Convido-te a te desapegares da expectativa de que o yoga é a salvação para o teu problema (se é que existe um problema). Com isto, quero apenas salientar que não existem fórmulas mágicas: não é sobre a meta, é sobre a forma como vives. Não é sobre o objectivo, é sobre o caminho. Não é sobre aquilo que te falta, é sobre o que se faz com aquilo que já tens.

6. Rotinas e Prioridades
Encontra o melhor horário para enquadrares a prática de posturas físicas. Acho importante referir que a estipulação de uma rotina não deve ser considerada como uma obrigação, mas sim como um compromisso. Algo que sabes que te vai fazer bem. É uma questão de prioridades e tu deves incluir-te na tua lista de prioridades, sempre.

7. Leitura
Se gostas de ler e se te identificas com o estilo de vida do yoga, livros são um excelente complemento e fonte de informação. O primeiro livro que li foi sobre quem é considerado o pai do yoga moderno: Krishnamacharya – His Life and Teachings (A.G. Mohan). Gostei bastante e recomendo.

8. Roupa confortável
Na prática das posturas físicas do yoga, aconselho-te a optares por camisolas/t-shirts mais justas ao tronco. Ter um tecido a cair constantemente na tua cara não é confortável, especialmente quando estás mesmo a iniciar a tua jornada e tens tantos detalhes em que te focar. O mesmo se aplica a calças de boca larga, porque acabam por deslizar pelas pernas e causar distração.
Estou grata pelo yoga ter aparecido na minha vida. Ajuda-me a agir de forma mais ponderada. Deixa-me mais enraizada e focada em mim mesma, como também na minha atitude perante o que me rodeia. Gostava de te convidar a refletir sobre o que te enraíza verdadeiramente e a incentivar-te a confiares na tua intuição. Se sentes que faz sentido, vai em frente. Deixa-te fluir. Não será perfeito, nunca será. Mas será algo. O resto virá junto.
Joana Nóbrega
instagram.com/joananobregayoga/
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