Bom Ano! Em primeiro lugar quero desejar-vos um 2021 com paz, saúde e amor – paz de espírito e paz entre todos; saúde física e mental; e amor, amor próprio, ao próximo e ao planeta.
Deixados os meus grandes desejos para o novo ano, pergunto-vos quais são os vossos. E se são d@s que fazem resoluções de ano novo ou nem pensam nisso. Porque há aqui diferenças, os desejos e as resoluções são coisas bem diferentes. Os meus desejos para este ano são os mesmos dos anos anteriores, já as resoluções são novas.
Nunca fui pessoa de resoluções de ano novo. Tentei há uns anos, ainda andava na faculdade, e como à grande maioria das pessoas, a coisa não me correu bem; ainda janeiro não tinha chegado ao fim e já mais de metade tinha ido pelo cano. Nunca mais fiz e honestamente não quis perder tempo a pensar porque tinham falhado. Nos últimos anos tenho cada vez mais pensado em mudar coisas na minha vida e no meu mundo, para que sejam um pouco melhores. E talvez por isso, em 2021, tenha voltado a fazer resoluções.
Mas desta vez não fui ao engano. Não foram feitas à pressa e nos últimos momentos do ano, assim só para dizer que sim. Foram pensadas, repensadas, analisadas e são reais e concretizáveis (o segredo foi terem sido feitas já neste ano, ter dedicado a cada uma delas um dos primeiros dias de 2021 para as pensar).
Quantas das vossas resoluções já foram ao ar? Quantas das vossas grandes promessas para 2021 já foram quebradas? Quantas vezes já disseram que não são capazes e que começo mais tarde ou tento depois? Ainda o mês vai a meio e grande parte de nós já viu afundar os seus intentos e porquê?
1. Por que razão fazemos resoluções sempre que muda o ano?
2. Por que razão acabamos por falhar?
Vou deixar-vos a minha opinião e algumas dicas para as levarem a bom porto. E vou partilhar convosco as minhas resoluções para este ano! (Observem como me comprometo ao assumi-las :P)
1. Um novo ano é sempre um novo capítulo na nossa vida, é como diz aquela frase “um livro com 365 páginas em branco para escreveres a tua história”. Nele encerramos normalmente a esperança de um ano melhor que o anterior ou “pelo menos nunca pior”. É aquela sensação que se é para começar uma coisa, mais vale que seja a partir do primeiro dia de um novo ano, como que a limpar o contador/marcador.
2. Normalmente confundimos os nossos desejos com os nossos objetivos. Para mim, um desejo é algo abrangente e às vezes até abstrato, por isso disse logo no início que desejo paz, saúde e amor; no entanto isso não os torna inatingíveis, muito pelo contrário são atingíveis mas são desejos para todos os dias da nossa vida e temos de trabalhar para eles diariamente. Objetivos são, no meu ponto de vista, mais específicos e alcançáveis. Ora quando é que isto corre mal e acabamos janeiro já de braços em baixo? Quando os objetivos são irreais (o chamado mais olhos que barriga) e abstratos, tornando-se fácil perder o foco à primeira adversidade. É preciso ter assente que mudanças dão trabalho, exigem esforço, têm avanços e recuos, e sobretudo que não acontecem num estalar de dedos.
Por isso, sugiro que analisem profundamente o que pretendem mudar na vossa vida, perguntem-se porque querem mudar, antevejam o esforço que têm de empreender nisso e quais os obstáculos. No fim, sejam solidários convosco porque nas “recaídas” vão precisam dessa compaixão para resistir ao impulso de desistir.
Agora, para este 2021 que se adivinhava desafiante e já está a mostrar que não vai desiludir, eu tenho como objetivos:

1. Sorrir a mim própria todos os dias – ser simpática e educada para mim e assim poder sê-lo para os outros. E apesar de ser normalmente uma mulher de bem com a vida, há dias em que não me gosto e não me aprecio;
2. Ter um pensamento positivo e um auto-elogio por dia – promover a auto-estima e a auto-confiança dá trabalho, por isso pretendo todos os dias encontrar uma atitude ou um aspeto a elogiar;
3. Praticar a empatia – colocar-me ainda mais no lugar do outro, julgar menos e lembrar que quando apontas o dedo a alguém há sempre quatro virados para ti;
4. Cumprimentar e sorrir com sinceridade (até porque se o olhar não sorrir, debaixo das máscaras fica difícil de ver) – a educação cabe em todo o lado e às vezes um sorriso muda o tom e o rumo de uma conversa;

5. Ter uma alimentação mais equilibrada – este já vem do ano velho e apesar das recaídas, continuo no caminho que escolhi e que às vezes implica dizer à fome emocional que não vai ser saciada com biscoitos ou pipocas ou pão com manteiga. Este é um caminho longo e duro para muitas pessoas, e nem todos entendem isso, também nem todos percebem que o radicalismo na alimentação não serve para toda a gente; por isso se também for o teu objetivo e achares que precisas de ajuda, procura sem vergonha. Se não queres ou não podes recorrer a ajuda profissional, começa por incluir mais vegetais e mais água na tua dieta e procura por informação;
6. Mexer o corpo – subir mais escadas, caminhar à volta do prédio, dançar e pular com o miúdo, tudo vale para pôr o corpo a mexer;

7. Combater a preguiça – parar de empurrar com a barriga tarefas que têm de ser feitas (como escrever o post deste mês para o blog), porque a dada altura começas a acumular tarefas em atraso e isso vai-se tornar um fator de stress;
8. Ajudar os outros – aqui não é preciso grandes gestos, até porque nem sempre estão ao nosso alcance, mas segurar a porta para alguém carregado de sacos passar, ajudar um colega com uma tarefa ou dividir o almoço que trouxeste, entre tantas outras coisas simples que podem fazer diferença no dia de alguém e na tua disposição;
9. Ouvir mais e falar menos – dizem que temos duas orelhas e apenas uma boca para isso mesmo, para que possamos ouvir quem nos rodeia e falar menos, sobretudo quando o que é preciso é só ouvir. Ouçam quem vos rodeia, estejam atentos, às vezes escutar pode fazer toda a diferença na vida de alguém;

10. Deixar o trabalho à porta de casa – ahaha, vai ser difícil mas há que tentar; se calhar começar por não o deixar entrar para jantar e depois lentamente deixá-lo à porta;
11. Fazer um detox dos dispositivos eletrónicos – estou a precisar de largar o telemóvel quando estou em casa, por isso decidi começar aos poucos, ao fim do dia, depois de jantar nada de usar dispositivos sem ser para o que realmente servem comunicar, logo telemóvel só para chamadas e mensagens;

12. “Destralhar” – tirar de casa todas as coisas que vou acumulando, brinquedos com que já não se brinca, roupas que já não se vestem e por aí a fora; o que resulta em arrumar a fundo a casa, uma área ou divisão de cada vez, até porque isto não é uma prova de velocidade é uma maratona e às vezes desfazermo-nos de algumas coisas causa ansiedade;
13. Acabar com o plástico – reduzir ainda mais a utilização de plástico no dia a dia; os sacos das compras já foram substituídos, as garrafas de plástico já eram e quase não compro frescos embalados ou cortados, mas ainda há muito por fazer;
14. Adotar a política dos 5 R’s – embora alguns já façam parte da rotina lá de casa, outros ainda não e é nesses que quero trabalhar este ano. Lembro que os 5 R’s dizem respeito a: Recusar – o que é necessário; Reduzir – quanto possível; Recuperar – o que conseguir; Reutilizar – o que supostamente é inútil; e Reciclar – o que não conseguir aplicar a nenhum dos R’s anteriores.

15. Optar por produtos 100% naturais – além de protegerem o planeta, este produtos trazem imensos benefícios para o bem-estar físico e mental; por isso além da cosmética natural e dos legumes e vegetais bio do quintal dos pais, quero cada vez mais optar por produtos naturais;

16. Preferir produtos made in Portugal – nunca como agora foi tão importante comprar o que é nosso. Além de comprar produtos de elevada qualidade, estamos também a contribuir para o desenvolvimento e crescimento das empresas portuguesas; e nesta fase estamos sobretudo a ajudar-nos uns aos outros a manter os nossos postos de trabalho e o bem-estar das nossas famílias;
17. Poupar 1 Euro por dia – quero fazer uma poupança pessoal e decidi que seria de 1 euro diário, não tenho nenhum destino pensado para os 365 euros que terei no fim do ano (esta comecei logo no dia 1), mas decidi que este é o ano em que o farei. Para mim este é um valor que resulta, porque quero colocar esse euro todos os dias no mealheiro, mas pode ser qualquer valor que sintam que não terá um impacto negativo no vosso orçamento familiar, nem naquela que é a vossa poupança familiar;

18. Cultivar uma planta – normalmente não tenho sorte com plantas, ou talvez não tenha empenho suficiente no seu bem-estar; por isso vou escolher uma planta guerreira, pronta para aguentar adversidades e fazê-la chegar a 2022;
19. Aprender a esvaziar a mente – vivo bem sozinha, vivo bem comigo, mas nunca consigo realmente desligar a mente, deixar de ser uma “cabecinha pensadora”, e deixar de ter sempre muitas “coisas na cabeça”. Cheguei a uma altura na minha vida em que preciso disso! Preciso de aprender a desligar, respirar e relaxar. Estou à procura de técnicas e dicas e espero chegar ao fim do ano com a capacidade de desligar durante cinco minutos.

Partilhei as minha resoluções de ano novo, para que se torne mais difícil desistir delas, para que sejam um compromisso comigo e com quem sabe delas. Mas não vivo de ilusões, estou preparada para avanços e recuos, para errar e recair, para ter compaixão por mim. Tudo isto é normal nas mudanças, o foco nunca deve estar no erro mas sim no retomar.
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